Fórum internacional cinemática

A experiência sensível característica da linguagem cinemática ficou por longo tempo limitada às projeções sobre uma superfície branca, seguindo o modelo do espetáculo teatral – onde os espectadores permaneciam estáticos, confinados em seus assentos numerados. Após a criação do tubo catódico, que irradiava imagens num ambiente doméstico e privado muito mais propenso à dispersão do que à reflexão coletiva, venceu o conforto da TV.
A tecnologia eletrônica evolui em resolução até equiparar-se e diferenciar-se da qualidade obtida com as películas das salas de cinema, os aparatos fotográficos e digitais e da espacialização sonora.
Hoje vivemos tempos de “pós-cinema”, que proporciona um retorno à experimentação e novas formas de apreciar e utilizar as imagens em movimento.
Um novo salto tecnológico prenuncia-se: os aparatos digitais como luvas e capacetes introduzem novas possibilidades de experimentações que vão muito além da tela, que agora se encapsula e se individualiza. Tudo isso para maximizar a sensibilidade e a participação do espectador que se converte em experimentador de sensibilidades inusitadas.
Para além da tela de cinema, a digitalização, a mobilidade no espaço e a convergência das linguagens colocam novos desafios que são discutidos nesse fórum, bem como as formas ideais de curadoria e divulgação do pós-cinema em ambientes virtuais.
Como instituições, cinematecas e museus dedicados à preservação da arte estão reagindo frente à transformação da linguagem cinemática?